Nesta semana, o Sintracon-SP esteve ao lado de trabalhadores que, infelizmente, foram abandonados por suas empresas. Em uma assembleia decisiva, o Sindicato conseguiu resolver a situação de 92 profissionais ligados a duas empreiteiras e três construtoras diferentes.
Duas empreiteiras haviam falido e deixado esses trabalhadores sem receber seus direitos. Mas o Sindicato agiu rápido: negociou diretamente com as construtoras contratantes, que assumiram o compromisso de quitar todas as pendências. O que normalmente levaria mais de um ano na Justiça foi solucionado em apenas dois dias. As negociações ocorreram de forma tranquila, e o resultado foi que todos saíram com o pagamento integral assegurado, além da guia para solicitar o seguro-desemprego — um alívio imediato para centenas de famílias.
Um dia antes, o Sindicato já havia negociado com cinco construtoras a rescisão de outros 450 trabalhadores na mesma situação. O empreiteiro, de forma covarde, simplesmente fechou o escritório no final de semana, carregou todo o mobiliário e deixou para trás trabalhadores que acordam cedo todos os dias para construir apartamentos milionários — mas que, na prática, lutam para garantir o básico para sobreviver.
Atevaldo – diretor do Sintracon-SP
Infelizmente, a alta demanda por mão de obra para tocar obras atrasadas faz com que muitas construtoras contratem sem o mínimo de critério. Assim, subempreiteiros com histórico de abandonar obras e deixar dívidas continuam circulando livremente no mercado.
O esquema se repete: fecham, somem e logo reabrem com novos CNPJs em nome de laranjas, aplicando o mesmo golpe. Enquanto isso, seguem sendo contratados pelas construtoras, que ignoram — ou fingem não ver — o passado desses maus empresários. E quem paga a conta é sempre o trabalhador.
Nos últimos três anos, o Sintracon-SP, sob a liderança do presidente Ramalho da Construção, já intermediou a rescisão de cerca de 10 mil trabalhadores, assegurando o pagamento de mais de R$ 50 milhões em direitos trabalhistas. Tudo isso de forma totalmente gratuita, poupando o trabalhador de ter que enfrentar longos processos judiciais.
É um trabalho digno de reconhecimento: o Sindicato se mantém firme, garantindo a esses operários — que muitas vezes recebem salários que mal sustentam suas famílias — o acesso pleno aos seus direitos.
Mais uma prova de que, com união e um sindicato forte, o trabalhador não fica desamparado.