Caindo pelas tabelas e mergulhado em graves denúncias de corrupção, o governo de Michel Temer insiste em continuar com seu projeto neoliberal, expondo a população brasileira à insaciável gula de um capitalismo selvagem, imposto pelas elites econômicas.
Ainda se julga em condições de se manter no poder às custas de sua condição de serviçal dos interesses dos patrões. E não abandona, nem pensa em adiar, as reformas trabalhistas e da Previdência, cunhadas para prejudicar a classe trabalhadora.
Não vê, o governo, que o desemprego continua jogando na rua da amargura, gente e mais gente. Já são mais de 15 milhões, fora outros 10 milhões que ou desistiram de procurar trabalho ou partiram para o subemprego.
Mais de um quarto da população jovem, com idade entre 18 e 24 anos, não encontram ocupação. São 4,503 milhões de mãos abanando, o que representa um aumento de 13 pontos percentuais na taxa de desemprego.
Em termos globais, esses jovens representam 28,8% dos 15 milhões acima mencionados, segundo pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Sem oportunidades, só resta a esta juventude a baixa qualificação e a falta de experiência profissional.
Como diz o ditado, mente vazia é a oficina do diabo. Há um grande histórico de evasão escolar antes do final do ensino médio. E a recessão só faz aumentar o problema, pois a família desta juventude não tem condição financeira alguma.
Não gostaria de dizer isto. Mas adolescentes e jovens do Brasil, sem emprego, sem estudo, informação e oportunidades mínimas, correm sério risco de caírem nas perversas garras do tráfico. Sim, pois esse mercado é qual doença oportunista. Se aproveita de toda e qualquer debilidade social.
Ramalho da Construção
Sindicalista e deputado estadual pelo PSDB-SP