Detecção precoce eleva chance de cura do câncer de próstata

Quanto mais cedo o câncer de próstata é detectado em seu estágio inicial, maiores são as chances de cura. Daí a importância de uma consulta anual ao urologista para a realização de exames.

A recomendação é do Doutor Paulo Fischer, urologista do Seconci-SP, por ocasião da campanha Novembro Azul, de conscientização sobre essa patologia silenciosa e assintomática, e que tem em 17 de novembro o seu Dia Nacional de Combate.

No Brasil, cerca de 30% dos casos de câncer entre homens são de próstata, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), que estimava em 71.730 os novos casos no País em 2023.

O urologista recomenda a consulta anual aos homens a partir de 45 anos, ou de 40 quando houver histórico familiar de câncer de próstata.

São realizados três exames: ultrassom de rins, bexiga e próstata; coleta de sangue para aferir o PSA (sigla em inglês para Antígeno Prostático Específico) e toque retal.

“Os casos de preconceito e resistência a este último exame (toque) praticamente acabaram, devido à maior informação disponível sobre sua importância”, comenta.

 

Sintomas

A próstata é uma glândula, do tamanho de uma castanha, situada abaixo da bexiga e à frente do reto (parte final do intestino grosso). Ela envolve a porção inicial da uretra, tubo pelo qual a urina armazenada na bexiga é eliminada.

O câncer de próstata é considerado uma doença da terceira idade, pois cerca de 75% dos casos no mundo ocorrem a partir dos 65 anos.

Dificuldade de urinar, diminuição do jato de urina, necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou à noite e presença de sangue na urina são alguns sinais que precisam ser investigados.

 

Tratamento

Havendo indícios da doença, será necessário realizar ressonância “multiparamétrica” de toda a glândula, à procura de lesões ou pequenos nódulos. Caso se encontre algo suspeito, realiza-se uma biópsia. Nos casos iniciais, recomenda-se a cirurgia para remoção da próstata e de tecidos à sua volta, como a vesícula seminal, ou a radioterapia para destruir o tumor e impedir que as células se multipliquem. Hoje a maioria dos hospitais já dispõe de prostatectomia radical assistida por robô em pacientes com câncer de próstata localizado. Trata-se de operação minimamente invasiva, com rápida recuperação. Também há novos medicamentos para tratamento, mas eles ainda têm um custo muito elevado.

Já nos níveis avançados deste câncer é indicado o uso do bloqueador hormonal, responsável pela redução de hormônios masculinos. “Quando há metástases, o oncologista definirá a melhor terapia”.

Finalizado o tratamento, o paciente deve retornar a cada quatro meses no primeiro ano e depois a cada seis meses. Passados cinco anos, o retorno deve ocorrer uma vez por ano. É necessário fazer o controle de prevenção todos os anos e até o fim da vida.

O Seconci-SP dispõe de estrutura médica e laboratorial para o diagnóstico do câncer de próstata e, também, ministra palestras nas empresas e canteiros sobre esse tema, em todos os municípios onde têm Unidades. Para contratar esse serviço: (11) 3664-5844

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