O trabalhador não pode fazer de sua função uma aventura. Segurança em primeiro lugar. O objetivo é trabalhar para viver e não viver para trabalhar. E morrer!
São Paulo tem mais de dez mil canteiros de obras.
Trabalhar nesses canteiros é conviver com o perigo.
O ambiente de trabalho é cheio de armadilhas que podem levar a acidentes às vezes fatais.
Toda atenção é pouca. E o correto uso de equipamentos de proteção individuais (EPIs) é indispensável.
Jamais confie na sorte. A vida é o maior patrimônio do trabalhador.
Se você, companheiro, sentir insegurança para executar sua função, não a faça, mesmo que obrigado a isso por seu chefe.
Qualquer situação insegura deve ser comunicada imediatamente ao Sindicato, que tomará providências.
A filosofia do nosso sindicato, o Sintracon-SP, é a de acidente zero nos canteiros. Para isso faz inspeções de rotina nas obras com suas equipes de base.
A maioria dos acidentes de trabalho advém do cansaço do trabalhador, que normalmente é incentivado a fazer horas extras intermináveis para ganhar um dinheiro a mais.
As malditas tarefas vêm sendo combatidas pelo nosso Sindicato. É ouro de tolo. A pessoa trabalha além da conta e seu ganho não é devidamente computado no holerite.
Tarefas ganhas por fora do holerite representam perdas para efeito de 13º salário, férias, fundo de garantia e aposentadoria.
As tarefas o afastam da vida familiar e de momentos de lazer, causando frustração, desatenção e acidentes terríveis.
Jamais desafie os seus limites físicos e mentais. Saiba a hora de parar. Não aceite coações por parte do patrão, que só pensa em lucrar mais e mais.
A Construção Civil é o setor que mais tem acidentes de trabalho no Brasil.
A escalada das drogas que assola a sociedade também é responsável direta por mortes e mutilações.
Afaste-se das drogas. Jamais dê o primeiro passo em direção a elas.
Fuja do vício. Não entre nessa areia movediça que acaba com a família, a autoestima e a vida.
Qualquer irregularidade numa obra pode levar a ocorrências sérias, desde o meio ambiente de trabalho inadequado até a falta de pagamento e o não fornecimento de benefícios conquistados.
Trabalhadores que se sentem prejudicados devem procurar o Sindicato que, através do diálogo ou greve, resolverá as questões.
Respeite, sempre, as orientações dos técnicos de segurança!
Antonio de Freitas Pereira (Toninho)
Presidente Interino do Sintracon-SP