Iniciativa de SindusCon-SP e Sintracon-SP, com apoio do Senai, busca reverter fuga de jovens e valorizar a profissão
O setor da construção civil enfrenta um dos maiores desafios dos últimos tempos: a escassez de jovens aprendizes e ajudantes, que representam cerca de 50% da força de trabalho e, nos últimos anos, têm demonstrado crescente desinteresse em ingressar no canteiro. Isso já compromete cronogramas e a qualidade das obras em diversas regiões do país.
Mas a construção civil está reagindo — e com força. SindusCon-SP e Sintracon-SP, com o apoio do Senai, estão estruturando um plano de carreira nacional inédito, especialmente projetado para atrair e reter jovens profissionais por meio de valorização e perspectivas reais de crescimento.
O plano estabelece uma trilha formativa com etapas claras:
A iniciativa também revisita a nomenclatura das funções: termos como “servente de pedreiro” e “pedreiro” estão sendo substituídos por títulos como auxiliar de construção, montador de drywall ou instalador de infraestrutura, para combater o estigma e atrair os jovens interessados por profissões técnicas e especializadas.
O Senai participará ativamente, oferecendo cursos adaptados às novas demandas do setor e ampliando o acesso à qualificação profissional. O cumprimento das etapas formativas será acompanhado e certificado pela instituição.
Além disso, o modelo promove ações afirmativas voltadas para jovens, mulheres e imigrantes, ampliando a representatividade e diversidade no setor.
Como avalia o Ramalho da Construção, presidente do Sintracon-SP, “Temos que construir juntos uma saída e com dignidade. A pessoa tem que ter orgulho em trabalhar com construção”.
Para o Sintracon-SP, o plano reforça a missão de valorizar o trabalhador, mostrando que a construção civil oferece muito mais que salários atrativos — oferece futuro, formação e respeito.