A União Geral dos Trabalhadores (UGT) enfatiza a necessidade urgente de aumentar a participação das mulheres na política brasileira.
Apesar de constituírem a maioria da população, com 104,5 milhões de mulheres representando 51,5% do total de habitantes, segundo o censo demográfico de 2022, a presença feminina na política ainda é significativamente baixa.
O Brasil, uma Nação onde as mulheres desempenham papéis cruciais em diversas esferas da sociedade, continua a enfrentar desafios quando se trata de representação política.
Atualmente, a participação feminina em cargos eletivos e de liderança política está longe de refletir a composição demográfica do País. Essa discrepância não apenas subestima o potencial das mulheres, mas também limita a pluralidade e a equidade na tomada de decisões políticas.
Os dados são claros: mesmo com uma população majoritariamente feminina, a adesão de mulheres à política é insatisfatória. Nas últimas eleições, as mulheres ocuparam apenas 15% das cadeiras na Câmara dos Deputados e 13% no Senado Federal. Esse desequilíbrio reflete a persistência de barreiras estruturais e culturais que impedem a plena participação das mulheres na política.
Várias são as barreiras que as mulheres enfrentam para ingressar e se manter na política. Entre elas, destacam-se:
Falta de Apoio Institucional: As mulheres muitas vezes enfrentam dificuldades para obter apoio dos partidos políticos, que ainda são dominados por estruturas patriarcais que priorizam a candidatura de homens.
Desigualdade Econômica: A disparidade salarial e a falta de recursos financeiros afetam a capacidade das mulheres de financiarem suas campanhas eleitorais de maneira competitiva.
Responsabilidades Familiares: As mulheres frequentemente têm que equilibrar suas responsabilidades políticas com as tarefas domésticas e cuidados familiares, o que limita sua disponibilidade para atividades políticas.
Violência e Discriminação: A violência política de gênero e a discriminação são barreiras significativas que desencorajam a participação política feminina, criando um ambiente hostil e pouco acolhedor para as mulheres.
“A UGT está comprometida em promover a inclusão das mulheres na política através de diversas iniciativas. A entidade acredita que uma maior representação feminina é crucial para o fortalecimento da democracia e a promoção de políticas públicas que atendam às necessidades de toda a população”, comenta Antonio de Freitas Pereira, presidente interino do Sintracon-SP.