O Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de São Paulo (Sintracon-SP), que tenho a honra de presidir, repudia veementemente o ocorrido com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de São José dos Campos (Sintricom), Ivam Rodrigues.
Tudo aconteceu quando o Sintricom estava realizando assembleia com os operários da Engecampo, empreiteira que presta serviços para a Petrobras em Caraguatatuba, tendo como pauta a deliberação da data-base daquela categoria co-irmã. Chamada, a polícia apareceu. Os trabalhadores se revoltaram. E Ivam foi preso.
Gostaria de saber quem chamou a polícia. E, democraticamente passo a pergunta aos leitores:
. Foram os operários?
. Foi o sindicato?
. Foram os surfistas de Caraguatatuba?
. Foram os empresários?
Óbvio que a resposta a ser cravada é a última: os empresários, certo?
O ato foi de extremo abuso. Estão impedindo o trabalhador de usar seu direito constitucional de ser representado pelo seu sindicato e de se expressar livremente. Ainda mais quando se sabe que o Sintricom tem cobrado da empreiteira o cumprimento da cláusula de contratação da mão de obra local, bem como a manutenção dos direitos trabalhistas.
E mais: A Engecampo (guarde esse nome) tem se recusado a assinar o acordo coletivo e ameaça reduzir o salário dos trabalhadores…
Ramalho da Construção
Presidente do Sintracon-SP